Introdução - Meu deus! Dez anos...
Eu decidi te contar tudo, desde o começo, mas calma, o "começo" é meio longe por isso pode demorar um pouco, mas calma que este será um livro que você gostará de ler.
Têm anjos de asas negras, irmãos tentando sobreviver, uma porrada de mentiras e um pouco de emoção.
Nada que você já não conheça bem.
Serão dez posts à partir deste e minha história estará contada, é necessário que você entenda que apenas estou lhe contando a minha verdade de uma história dentro de tantas outras, cada humano é um universo, eu só quero te mostrar o meu lado... e tudo começa aqui:
Aos 16. Dez anos atrás, ensino médio, mas vamos pular para 9 anos atrás, 2005. Você já conheceu alguém que sabia exatamente o que você estava pensando? Alguém por quem você realmente sentia orgulho de estar ao lado e chamar de amigo, uma pessoa que mesmo cheia de defeitos se destacava da multidão de seres humanos regulares?
A primeira vez que conversei com ele foi para estender a mão, ele estava chorando, duas pessoas perdidas entre o mar da juventude, dois amigos desde a primeira conversa.
Me perdoe, eu não encontrei o demônio.. :(
Conforme se envelhece e as situações passam você acha que sabe tudo, você se engana.
A primeira vez que fui na casa de meu Amigo eu pensei: "como uma alma tão grande pode morar em um lugar tão pequeno?"
Eu nunca contei isso à ninguém, eu achava fantástica a forma que ele cuidava da mãe dele, o carinho, faltava em mim aquele senso de humanidade e eu o admirei mas não disse nada.
Eu não tinha ninguém, eu não confiava em ninguém, eu tinha uma vida difícil para um garoto de 16 anos, tinha problemas em casa, não dormia direto fazia uma semana, por falta de paz dentro de minha própria casa desenvolvi insônia e enxaqueca e ainda assim eu estava sempre sorrindo, uma máscara de disfarce tão boa que me reconfortava mas eu confiei naquele humano, ele tinha coragem para chorar.
Nós dois sabemos como isso termina: Um de nós morre. ( o "morrer" é subjetivo, como o esquecimento, o desaparecimento ou algo assim, no fim todos vamos literalmente morrer, mas nesse caso um de nós "continua" o outro some, como se nunca tivesse existido ).
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