sexta-feira, 25 de julho de 2014

Capítulo 5 - Todo mundo erra, nem todos perdoam

Não se preocupe, não têm vírus nem nada que vá danificar seu computador ou que vá atrapalhar de qualquer forma você ou sua vida, vamos lá, clique, confie em mim.



Ele, MEU PAI, me ligou, ele disse que estava preocupado comigo, disse que tinha ouvido algumas histórias e é claro tratei mal, eu lembro até hoje, ele disse:

- Eu ouvi um monte de coisa aí viu mas quando você quiser conversar se quiser sabe onde eu tô.
eu disse:
- E porque eu conversaria, você já tá sabendo um monte de coisa mesmo!

- Porque mesmo se elas forem verdade eu quero estar com você uai, quem sou eu pra falar de erro dos outros, quando e SE você quiser falar eu tô aqui, eu te conheço, têm algo errado.

Meu pai não me conhecia, 24 anos e ele nunca tinha feito esforço para me conhecer e no entanto foi para ele que eu corri e  só ele soube tudo, só ele soube cada detalhe por um motivo simples: só ele sentou comigo e perguntou e mesmo quando eu deixei ele pensando que todas as mentiras eram verdades ele se recusou a acreditar, ele disse:

- Você tá mentindo não tá não? Você faria isso sim, ok, eu acredito, mas você não desistiria do seu Amigo assim, não fácil assim, não desse jeito, têm alguma coisa faltando.

Ele não acreditou em mim só porque era meu pai, minha mãe não acreditava, e ele tinha sofrido tanto quanto todos os outros com minha atitude destrutiva ao extremo, mas ele simplesmente estava disposto à não desistir de mim, no fundo ele confiou em mim, confiou que aquele era quem eu estava, e não quem eu era e foi aí que eu comecei a nadar para fora de toda aquela lama que eu mesmo joguei em cima de mim.

Meu pai nunca falou sobre isso novamente.

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