Tic Tac diz o relógio...

"A gente destrói aquilo que mais amaem campo aberto, ou numa emboscada;alguns com a leveza do carinhooutros com a dureza da palavra;os covardes destroem com um beijoos valentes destroem com a espada.Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama."

Quem dera tivesse sido eu, não não, Oscar Wild foi quem disse essa frase, e meu caro, ele estava certo.

Faz um tempo que não escrevo aqui, em partes por que meu assunto seria o mesmo, em parte por que minha vida estava boa, boa demais.

Quando eu me sentia só, eu ia até meu pai, ele costumava dizer que se sentia sozinho, o tempo todo, que sentia como se fosse um lobo solitário no meio de uma alcateia onde ele era o alfa, não sei se você consegue compreender isso, mas eu consigo.

TODO MUNDO ACABA ME DEIXANDO NO MEIO DO CAMINHO.

Não entenda mal, eu não falo isso para gerar empatia ou sentimento de dó, é apenas um fato.
Eu me permiti, depois de décadas, cada parede que construí ao redor de mim foi sistematicamente derrubada, ela não se importava, cada detalhe foi dissecado, cada erro perdoado, cada história contada foi ouvida, novamente meu lado bom e o lado mais obscuro posto a prova e ainda assim nada mudou.

Mas o tempo é meu inimigo, tic tac diz o relógio, mas relógio não fala.

Eu deixei que me cativassem, eu abri meu coração e com ele parte da minha alma, eu neguei mostrar minhas asas e acabei ganhando um par, amarelas, e todo dia o tempo me diz, que o tempo acabou, está acabando. FIM.

Eu não quero uivar sozinho para a lua, eu não quero que o caminho se separe, eu não quero ser destruído outra vez, e pela primeira vez, depois de muito, muito tempo, eu tenho medo do futuro, e nem com toda habilidade do mundo eu consigo saber o que está por trás da névoa que ele esconde mas eu só peço e espero que não seja destruído o pouco que sobrou da minha fé e coração.

"Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama."

Não dessa vez,..